10 de setembro de 2009

tristeza Sabendo que tenho alguns leitores amigos mais ou menos constantes, especialmente no Brasil, (constância e paciência essa que muito lhes agradeço e admiro), cumpre-me informar a todos quantos me têm visitado que o Tralapraki será descontinuado por algum tempo, por motivo de doença do autor. Desejo (oh, se desejo!) regressar em breve. Um grande abraço para todos.

(Imagem daqui)

2 de setembro de 2009

O Ex-primeiro-ministro retracta-se

socrates O Senhor Engenheiro José Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, veio hoje, descaradamente, fazer-se aos votos dos 100 mil professores que entupiram as ruas e praças de Lisboa em Novembro do ano passado, na mais gigantesca manifestação de sempre. O ex-primeiro-ministro falou-lhes ao coração, assumindo que o seu governo andou mal na questão do estatuto e da avaliação docente e prometeu fazer tudo o que estiver ao seu alcance para contentar os professores na próxima encarnação, digo, na próxima legislatura.

Será que Sócrates acha que, com o voto daqueles 100 mil, poderia reunir uma nova maioria absoluta? A hipótese não parece despicienda. E, se, com aqueles cem mil, ele recuperar a maioria absoluta, ele tê-la-á de novo, certamente. É que, conhecendo eu os professores como me parece conhecer, e sabendo, portanto, que são desmemoriados, sabujos e acarneirados, bastará mais uns ademanes adocicados como o de ontem e eles olharão de soslaio para a direita e para a esquerda e concluirão que antes assim que pior…

(Imagem daqui)

1 de setembro de 2009

Eleições e andorinhas

eleiçoesChegaram as eleições. Que alegria!

A alegria da chegada das eleições só é comparável à da chegada das férias e das andorinhas. Adoro eleições. Na verdade, só votei uma vez, em 1975, acho eu, era então um jovem incendiado a escrever como ia ser a minha vida. E tinha sobre ela uma irresponsável e sublime expectativa.

Não me lembro que eleições foram essas, mas sei que foram as primeiras a que compareci. E também as únicas. Achei tudo muito divertido. Votei então num impensável partido de extrema-esquerda. Depois, a vida correu, correu, caiu e machucou-se. Nos joelhos e na esperança. Como qualquer criança. E todos os anos havia a chegada das andorinhas. E houve, depois, regularmente, eleições que eu seguia de longe, cada vez mais perplexo. Mas só as andorinhas melhoravam as nossas vidas…

(Ah! Sabem que mais? Nem as andorinhas…)

(Imagem daqui)